O rigor das estações do ano, leva a população da serra, por altura do século XVII (segundo alguns registos), a construir duas habitações que garantiam o pastoreia do gado e permitiam a sobrevivência humana nas condições atmosféricas de extremo: as Brandas, para o Verão, e as Inverneiras, para o Inverno.
As Inverneiras localizam-se em vales, ou seja, em altitudes baixas, onde se torna mais fácil subsistir no rigoroso Inverno. No princípio do Outono, as pessoas descem para a Inverneira permanecendo aí até Março. Nessa altura, sobem para a Branda, onde fazem as sementeiras e onde passam a maior parte do ano.
Hoje em dia, nas poucas aldeias que mantêm a tradição, as pessoas apenas levam os animais e alguns haveres, ao contrário de antigamente, em que as pessoas levavam até a mobília.
As Brandas e Inverneiras são, sem dúvida, um elemento importante da cultura da população deste Território.
Esta aldeia de Portugal detém um património valiosíssimo que vale a pena conhecer. Parta por terras de Laboreiro e deixe-se encantar pela magia do seu
Centro Histórico, pelo seu
Castelo, pela
Igreja Matriz, pelo Aqueduto, pelas muitas pontes romanas e medievais, pelos riquíssimos monumentos arqueológicos, onde se destacam as Mamoas, as Gravuras Rupestres do Fieiral e a
Necrópole Megalítica do Planalto de Castro Laboreiro.
E, se por ventura, sentir, enquanto passeia pelas calçadas e ruas cheias de história, o aroma a pão acabado de fazer, descubra o Forno Comunitário da Ameijoeira, ainda em utilização, onde estará certamente uma tradicional broa a acabar de cozer.
Aproveite e descubra a sabedoria de quem persiste nas tradições e nas origens, dando vida a uma aldeia que por si só resiste ao tempo e à vontade dos tempos.